Inicialmente, dissemos que Reconquista seria entendida como o programa ideológico sobre o qual se sustentou o movimento expansionista das distintas monarquias hispano-cristãs sobre as terras de Al-Andalus durante a Idade Média.

Devemos lembrar o processo de expansão muçulmana foi um processo de conquistas territoriais e de propagação da religião islâmica que ocorreu entre os séculos VII e XIII. Essa expansão atingiu diversos territórios, tais como: Oriente Médio, Ásia Central, norte da África, e o sul da Europa.

Assim, em abril de 711 d.C, as tropas do general berbere Tárique (Tarik), cruzaram o estreito de Gibraltar e adentraram a Península Ibérica. Em junho do mesmo ano, venceram o rei Visigodo Rodrigo (Roderico), no que ficou conhecido como a batalha de Guadalete, bastando apenas sete anos para que se estabelecessem como conquistadores soberanos do espaço peninsular.

Entre 718 d.C. e 722 d.C., ocorre a batalha de Covadonga, que consideramos marco incial simbólico da Reconquista, uma vez que representa a primeira vitória militar significativa dos ibero-cristãos contra o domínio muçulmano. Daí em diante, o espaço ibérico passou por diversos processos de conflito e composição entre os grupos que habitavam esse espaço, principalmente, cristãos, muçulmanos e judeus, até a conquista definitiva do último reduto muçulmano na Península Ibérica, a cidade de Granada, pelos reis católicos Isabel de Castela e Fernando de Aragão, em 1492 d.C.

A partir desse breve panorâma, podemos imaginar a existência de diversas lógicas de organização política. Estudaremos então eventos que começam a se desenvolver a partir da década de 1230 d.C., um período com mudanças consideráveis nas relações de poder dentro da Península Ibérica, e que compreende parte do reinado de Fernando III, o Santo.

Porém, antes de prosseguirmos nossa expedição histórica, vamos analisar um vídeo que resume parte do contexto histórico apresentado.