Sabemos que a Idade Média possui uma longa duração, se estendendo do século IV a.C. até o século XV a.C., aproximadamente. Nesta sequência, estudaremos um pouco da história da Península Ibérica durante seu período medieval e observaremos como as populações presentes nesse espaço se organizavam.
Após a ocupação muçulmana em 711 d.C, a Península Ibérica passou por profundas transformações em sua organização. Uma parte da população goda cristã, que não aceitava o domínio muçulmano, se refugiou na parte norte peninsular, enquanto outra parte permaneceu vivendo sobre o domínio muçulmano e suas regras. Desse modo, a partir de regras e pagamentos de impostos, cristãos, muçulmanos e judeus conviviam em um mesmo espaço.
Mas, essa convivência não era sempre pacífica, e a partir de 714 d.C as populações das Astúrias deram início ao que conhecemos na História como Reconquista, um processo que durou até 1492 d.C, visando expulsar os muçulmanos da Península Ibérica e tomar o poder de volta para os cristãos. 
Em nosso estudo, partiremos da compreensão de que Reconquista faz “referência ao programa ideológico sobre o qual se sustentou o movimento expansionista das distintas monarquias hispano-cristãs sobre as terras de Al-Andalus durante a Idade Média”. 
Iremos observar como esse processo foi organizado por um dos importantes reis ibéricos da Idade Média, Fernando III, o Santo, que governou entre 1217 d.C. e 1252 d.C. Assim, dentro desse período, enfocaremos no processo de conquista da região que ficou conhecida como Andaluzia, no sul da Península Ibérica.
Para tanto, observaremos mais detidamente o processo de conquista e reorganização do reino de Córdoba a partir de 1236 d.C., que foi uma das primeiras grandes cidades a serem conquistas pelo rei Fernando III. 

A Península Ibérica é formada pelo que hoje conhecemos como Espanha, Portugal, Andorra e Gibraltar.
 
Astúrias
O local onde essas populações se refugiaram é conhecido também como região de Astúrias, que possuia uma grande dificuldade de acesso devido sua formação geográfica natural.
 
REFERÊNCIA
Esta definição é de autoria do historiador espanhol Martin Ríos Saloma. (RÍOS SALOMA, Martín F. De la Restauración a la Reconquista: la construcción de un mito nacional (una revisión historiográfica: siglos XVI-XIX). En la España medieval, v. 28, p. 379-414, 2005.)